segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O que vale mais: quantidade ou qualidade?

Na capa dos jornais de hoje imagens da tragédia ocorrida em Santa Maria, município do Rio Grande do Sul. A notícia repercute nas redes sociais. Não se fala em outra coisa. O prefeito de Salvador, ACM Neto, em seu twitter, declarou aberta a temporada de fiscalização a casas de espetáculo da cidade. Todas deverão seguir as normas de segurança. Não deveriam segui-las antes?

Quem costuma ir a boates e casas de show da cidade sabe que as estruturas são precárias. Os donos dos estabelecimentos visam somente ao lucro. Muitos são os espaços com verdadeiras improvisações. Não se pensa no público, ou o público não se pensa. Lembro que a boate GLS San Sebastian, às vésperas de sua inauguração, conclamava o público a conhecer a mais moderna casa do gênero da soterópolis. Eu fui, não exatamente na inauguração, mas duas ou três semanas após. Havia uma escada que ligava o térreo ao primeiro pavimento, onde era a pista de dança. Ela era coberta por um pano branco. Ao tocar no corrimão, dava para sentir claramente a estrutura metálica de que era feita. Era improvisada. Hoje, a boate situa-se na casa ao lado, na mesma rua, mas as questões de segurança continuam negligenciadas. O mesmo ocorre com diversos outros estabelecimentos da cidade, independente do público que frequenta. Na maioria deles, há apenas uma porta de entrada, que é a mesma de saída (e de emergência).

Em 2011, parte do camarote despencou durante o show de lançamento do DVD de Ivete Sangalo, no Parque de Exposições, em Salvador. Houve responsabilizados? Não se tem notícias. Esta não foi a única vez que isso aconteceu. Basta pesquisar no Google para ver que outros desastres semelhantes já ocorreram Brasil afora. O que fica evidente é a utilização de estruturas provisórias, instaladas sem o devido rigor e fiscalização das autoridades.

Salvador carece de espaços para grandes eventos. Quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo, muito se festejou a oportunidade de termos instalações modernas para atender a demandas de grandes eventos, cada vez maior. Porém, após os projetos das arenas serem divulgados, ouvi reclamação quanto a capacidade de público. A antiga Fonte Nova já teve mais de 110 mil torcedores em suas dependências, nas finais do Campeonato Brasileiro de Futebol, em 1988. A capacidade total era tida, então, como 80 mil. Portanto, vendeu-se mais do que o estádio suportava. Para quê? Quando o Estatuto do Torcedor entrou em vigor, começou a se pensar no conforto e na segurança dos frequentadores, e a capacidade do estádio foi reduzida a 60 mil. Agora, com a Arena Fonte Nova, a capacidade total será de 50 mil pessoas e todos os lugares terão assentos. Ouvi vários comentários na época, alguns de pessoas bem próximas, afirmando ser um absurdo construir um estádio para "tão pouca gente".

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Até mesmo em teatros é possível notar a prática de superlotação. Não foi apenas uma, também não foram duas ou três vezes que fui ao teatro e vi cadeiras extras colocadas nos corredores laterais da sala, junto à parede, diminuindo o espaço de circulação. Quando comporta, até criam uma fila à frente da primeira, desrespeitando aqueles que pagaram para ficar o mais próximo possível do palco.

É essa lógica que vitimou 241 jovens na boate, lá em Santa Maria. Em breve, a tragédia sairá da mídia, será esquecida. E os estabelecimentos continuarão sendo vistoriados? Novos serão abertos sem o rigor devido? E os frequentadores, continuarão gostando de ir a espaços superlotados, desconfortáveis, inseguros? Uma festa não é animada se comportar o público máximo permitido, com espaço para circular e se divertir? O que vale mais: quantidade ou qualidade?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Chapada friendly

Ano passado, tivemos um Natal diferente. Conseguimos folga na semana natalina e, para não perder a oportunidade, viajamos para Lençóis, na Chapada Diamantina, a contragosto dos pais. Valeu muito a pena. Fechamos passeios com uma agência, com intervalo de um dia entre eles para descansar e curtir a noite da cidade. 

A receptividade dos moradores nos surpreendeu positivamente. A consultora de turismo, muito simpática, filha do dono da agência, nos perguntou se éramos casados - usávamos alianças na mão direita. Dissemos que éramos noivos ainda (claro, anéis na mão direita). Ela nos indicou o restaurante Absolutu, de um casal de amigos, dois homens que fugiram da capital e decidiram abrir um negócio. em Lençóis. De forma bastante gentil, ela também reorganizou as datas programadas e incluiu um outro casal gay, dois mineiros, nos passeios que reservamos.

Durante as trilhas, nenhum colega de passeio se sentiu desconfortável com nossa "presença". Todos conversaram normalmente conosco. Os guias, então, nem se fala. Um deles perguntou se a gente queria se casar. E ficamos conversando a respeito. O interessante é que se tratavam de pessoas da região, humildes. O tratamento no hotel também foi acolhedor, em todos os serviços prestados. Não notamos nenhum olhar atravessado da equipe, exceto de alguns poucos hóspedes, mas estes ignoramos solenemente.

Enfim, recomendamos bastante a cidade para o público gay em geral. A partir dela, dá para fazer muitos passeios. Além do mais, a companhia aérea Trip tem dois voos regulares partindo de Salvador às quintas e domingos. A viagem dura apenas cinquenta minutos. Abaixo, algumas fotos e dicas.



O que visitamos?

Hotel
Portal Lençóis
Excelente hotel! Possui uma grande estrutura: sauna, piscina com bar, salão de jogos, restaurante. Costuma ser caro, mas é possível encontrar promoções, principalmente em baixa estação. O restaurante não é barato, mas a comida é deliciosa. O atendimento, de um modo geral, é muito bom. A equipe é bastante simpática.

Bares/Restaurantes
Absolutu
Já tomou caipirinha de limão com manjericão, manga com pimenta, tangerina com capim santo, abacaxi com gengibre? Experimentamos os dois primeiros e adoramos. O cardápio também reserva algumas surpresas.
Pavê e Cumê Sobremesas
Adoramos o espaço, super aconchegante, um prolongamento da casa de duas mulheres, mãe e filha. A mãe prepara as sobremesas, todas verdadeiramente caseiras, e a filha cuida do atendimento.
Beiju da Van
Não há muita variedade de beijus e crepes. Se for optar por uma dessas guloseimas, fique com a última.
Bodega
Fica na rua mais movimentada da cidade. O atendimento não é lá essas coisas e a pizza idem.

Agência de Turismo
Zentur
Fechamos três passeios com essa agência. O atendimento foi ótimo e os guias dos passeios nem se fala. Quem estiver sem carro, recomendo comprar os muitos passeios lá oferecidos. Para quem viajar de carro, basta contratar um guia, pois fica bem mais barato.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Meu circuito fechado

Celular, cama, celular, cama, sandálias, ventilador. Gato. Vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Copo, jarro, leite, açúcar, aveia, banana, mamão, liquidificador. Gato. Escova, creme dental, água. Blindex, sabonete, água fria, toalha. Desodorante. Pente. Cueca, camisa, calça, meias, sapatos. Mochila, pasta, celular, carteira, chaves. Ônibus. Teclado, monitor, escadas. Cadeira, bloco de anotações, lápis, copo, calendário, teclado, monitor. Teclado, monitor, escadas. Bandeja, prato, talheres, guardanapo, balança, mesa, cadeira, teclado, monitor, cartão, máquina, recibo. Poltrona. Teclado, monitor, escadas. Cadeira, bloco de anotações, lápis, copo, calendário, teclado, monitor. Mochila, pasta, celular, carteira. Teclado, monitor, escadas. Ônibus. Cadeira, lápis, caneta, borracha, caderno. Mochila, pasta, celular, carteira. Ônibus. Chaves, grade, porta. Gato. Camisa, sapatos, meias, calça. Bermuda, chinelos. Gato. Geladeira, fogão, prato, talheres, televisão. Gato. Blindex, sabonete, água fria, toalha. Pente. Bermuda, chinelos. Notebook, lápis, borracha, caderno. Gato. Ventilador, cama, travesseiro.

* Circuito Fechado é uma crônica muito conhecida de Ricardo Ramos, que serviu de base para a minha versão, uma brincadeira para mostrar a mim mesmo o quanto a vida pede por mudanças de tempos em tempos. Na primeira parte da crônica, o autor discorre sobre a cansativa rotina de um trabalhador utilizando apenas substantivos, objetos com os quais o personagem se depara ao longo do seu dia. E, dessa forma, sem verbo, sem conjunções ou outros elementos sintáticos construtores mais claros de sentidos, o texto vai nos mostrando as ações, os hábitos, a vida do trabalhador.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Yes, nós selecionamos os foliões

Vou voltar um pouco no tempo e contar duas histórias pessoais para contextualizar uma situação no presente. Tratam-se de dois fatos relacionados com a folia soteropolitana. No carnaval de 1998, ano em que passei no vestibular para cursar Ciência da Computação, decidi ser comissário de um bloco de carnaval. Para quem não conhece esse papel, é uma espécie de promoter de boate. Naquela época, era obrigatório ser sócio para brincar na maioria das entidades carnavalescas. Para associar-se, o folião deveria preencher um formulário com dados pessoais, como nome completo, endereço, telefone, foto 3x4, etc. O trabalho do comissário consistia em ir até o maior número de pessoas possível e levar o formulário para o bloco; em resumo, obter mais sócios. A cada dez abadás vendidos, o comissário ganhava um de bonificação. Eu não tive muito sucesso nas vendas, nunca fui bom nisso. O máximo que fazia era colocar anúncio no jornal e tentar convencer as pessoas ao meu redor. O fato é que nenhuma solicitação de adesão que entreguei foi aceita. Lembro de ir ao encontro de três irmãs no Vale dos Rios, daqueles bairros formados por conjuntos habitacionais, e ter preenchido as propostas que foram posteriormente negadas pelo bloco. 

Quem nunca ouviu a expressão: "o metro quadrado mais bonito do carnaval"? Até pouco tempo, este era o slogan do Bloco Eva. Pois então, associar-se a um desses blocos não era uma tarefa fácil. O carnaval já tinha ares capitalistas como tem hoje - claro que muito mais desenvolvidos -, mas não bastava ter dinheiro para comprar o abadá e brincar em blocos tradicionais. Os formulários entregues eram avaliados e apenas os candidatos com perfil adequado para o bloco eram aprovados. Uma pessoa que morasse em um bairro pobre poderia ser aceita, contanto que fosse bonita (?). Todos os blocos queriam o título de mais bonito (?) da avenida.

Nessa época, também, eu namorava (dessas relações rápidas que acabam por falta de interesse de uma das partes) um rapaz moreno, de cabelos curtos e crespos, lábios grossos e nariz achatado - se quiser chamá-lo de negro, fique à vontade, mas sugiro, mesmo por mera curiosidade, que pergunte-lhe antes como ele se enxerga. Ele costumava sair no Eva no carnaval. Era algo que ele falava com orgulho. Não era à toa. Brincar nesse bloco era um privilégio para poucos. Mas ele não participava do processo de seleção: uma vez ele me contou que conhecia alguém da administração do bloco. Essa era uma situação corriqueira. Meu ex-namorado-paquera-ficante não era o único a tentar meios de burlar o pente fino social dos blocos.

Hoje em dia, os meios de segregação são outros, menos estarrecedores, já que a priori todos podem comprar o abadá. Visíveis mesmo são os efeitos, escancarados nas coberturas jornalísticas, nas imagens aéreas feitas das avenidas por onde desfilam os blocos. Um exemplo disso é a promoção feita pelo Bloco Yes. Há duas semanas, um colega me contou que essa entidade carnavalesca possui uma lista de "interessados". Para fazer parte dela, deve-se saber o contato das pessoas que a controla. É necessário informar alguns dados a esses promoters, é claro, incluindo o perfil do facebook. Olha, que moderno! Confirmada a veracidade dessa informação, não seria o perfil do facebook o novo formulário de adesão? Meu colega disse que, apesar de notar certa discriminação nessa atitude, vai adiante, pois o desconto concedido é muito bom e o bloco tem como atração um DJ internacional renomadíssimo.

Na página do bloco no facebook, encontrei mensagens de várias pessoas pessoas procurando pela tal lista para o carnaval deste ano. Para conferir com os próprios olhos, acesse este link. Abaixo, a imagem da página capturada em 17/01/2013. Repare no canto inferior direito, caixa "Recommandations" (está em francês). De fato, a lista existe, só falta confirmar os critérios usados para seleção dos foliões. Pelo que tudo indica, pouca coisa mudou de alguns anos para cá.

Página do bloco no facebook com mensagens que procuram pela famigerada lista

domingo, 6 de janeiro de 2013

Língua e identidade

Na mensagem anterior, mencionei minha nova ocupação: estudante de graduação. Pois bem, estou cursando o segundo semestre do BI em Artes, na UFBA. Muita água já rolou por lá e gostaria de compartilhar algumas leituras que gostei bastante. Um dos livros mais interessantes que li no semestre passado foi "A identidade cultural na pós-modernidade", de Stuart Hall. Por incrível que pareça, o tema foi abordado numa disciplina oferecida pelo Instituto de Letras, mas criada especificamente para o BI, e chamava-se "Língua Portuguesa, Poder e Diversidade Cultural". A primeira avaliação baseou-se, então, nesse livro e teve como ponto-chave a relação entre língua e identidade na contemporaneidade. Sei que um único autor não esgota o tema, muito pelo contrário. Por isso mesmo estou aberto a comentários. Critique e sugira outras fontes de leitura. Sinta-se à vontade.

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Questão principal: Podemos dizer que a língua tem uma ação unificadora cuja determinação é anular e subordinar a diferença cultural?

Stuart Hall afirma que as culturas nacionais compõem-se de símbolos e representações, produzindo sentido sobre si mesmas capazes de construir identidades com as quais nos identificamos. A nação é, portanto, uma comunidade simbólica, um sistema de representação cultural. A língua configura-se como um elemento vital de tentativa de unificação em torno dessa identidade.

A língua única contribui para a criação e manutenção de instituições culturais nacionais, apresenta-se como meio dominante de comunicação, através da qual os símbolos podem ser transmitidos e a identidade nacional exaltada. Apesar de existirem diferenças locais dentro de uma mesma nação, de caráter regional, comunitário - entre estados, bairros ou grupos culturais afins -, através da língua, é possível determinar uma união simbólica. Assim pensavam os colonizadores portugueses que aportaram no Brasil no século XVI.

Os portugueses subjugaram a cultura indígena aos costumes e à disciplina europeia da época. Era uma forma de impor uma hegemonia cultural para que a colônia pudesse ser parte de Portugal. Hall destaca que esse tipo de unificação dava-se por uma supressão violenta da diferença cultural. Porém, leva-se bastante tempo para que uma identidade nacional hegemônica seja instituída, pois, ainda que conquistadas à força, as diferenças culturais são a origem das nações construídas sob o viés colonizador. No entanto, a própria hegemonia sobre a cultura dos colonizados é utilizada pelo autor para contestar a tese de que existe homogeneidade cultural.

Assim como os portugueses foram um centro de influência cultural durante o Império, os colonizados deixaram marcas culturais na sociedade que perduram até hoje. A língua é um exemplo vivo dessa influência. Diversos vocábulos formaram-se a partir de palavras indígenas. Alguns  são utilizados ainda hoje para nomear localidades, comidas, festas, etc. Mesmos modificados pela supremacia portuguesa, é possível notar uma morfologia oriunda de outra cultura. Dessa forma, Hall defende um deslocamento das identidade sociais, principalmente no fim do século XX, com o surgimento do mundo globalizado.

Atualmente, a influência não precisa ser exercida sob a força. Todo o mundo está conectado, as distâncias esteitaram-se. As identidades sofrem constantes deslocamentos à medida em que entram em contato com novas interpelações. A língua sofre influência de culturas externas longíquas geograficamente, ao mudar hábitos e incorporar novas identidades. Apenas comunidades fechadas politicamente, sob regime totalitário, como a China, sofrem menos deslocamentos culturais. A ideia de identidade nacional única no mundo moderno apresenta-se, assim, como um referencial utópico de modelo cultural de séculos anteriores.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Resoluções de 2013


Nenhum blogueiro hoje em dia escreve mais sobre isso, né? É o mesmo blá blá blá todo ano, as mesmas resoluções que se repetem sem nunca obter sucesso. Mas, como sou bom em planejamento, vou insistir no tema. Então, vamos ao clichê. 

Em primeiro lugar, devo dizer que não, eu não quero ser uma nova pessoa em 2013. Eu gosto de QUEM eu sou, por mais chato que algumas pessoas achem. O problema é O QUE eu sou. Ficou confuso? Calma, eu vou explicar. Ou melhor, você entenderá ao ler as minhas resoluções de ano novo, listadas logo abaixo.

Perder peso
Essa é de praxe, principalmente para quem passou dos 30 anos de idade. Nada contra as gordurinhas, até aprendi a gostar delas com o passar do tempo. Não desejo mais ser um homem magro, muito menos malhado. Porte atlético até vai, mas malhado, tipo rato de academia, não dá. Com a maturidade chegando, a "estética" vai perdendo vez. Outras exigências entram em cena. E não quero ver em mim algo que não aprecio nos outros. Meu namorado (ui!) está acima do peso e gosto dele assim mesmo. Meu problema é mesmo de saúde. Depois do réveillon, o refluxo gástrico aumentou, a gastrite disse "oi, eu ainda existo" e a dor na lombar mostrou que veio para ficar. Como quero continuar comendo minhas gordices e bebendo meus vinhos, tentarei voltar aos 65 Kg de outrora, o que corresponde a perder quase 10 Kg.

Sair da casa dos pais
Já era para ter saído, mas a construtora só enrola. O apartamento estava previsto para setembro de 2012, agora é para março deste ano. Com mais o tempo para reforma, compra de móveis e outros detalhes, devo concretizar esse sonho somente no segundo semestre.

Casar-me
Yes, we can, Obama! A papelada já está pronta. O casório civil (sem cerimônia!), deve sair até o fim do próximo mês. Não preciso dizer que o felizardo, Sr Everaldo Asevedo, morará comigo quando o apartamento estiver pronto, né? O negócio é pra valer. A festa de comemoração acontecerá quando o apartamento estiver pronto.

Solicitar imigração para Québec
Há muito tempo que penso em pedir imigração para Québec, mas nunca tive coragem. Participei de processo seletivo (entrevista presencial com uma empresa canadense) em agosto de 2012 e, apesar de não ter sido escolhido, a experiência me deu mais segurança. Everaldo é defensor da ideia. Então, está na hora de andar com o processo. Faremos a prova de proficiência na língua francesa em março. Pretendemos dar entrada no processo de imigração logo que o resultado do exame for divulgado.

Investir no currículo acadêmico
Não, não é na área de TI. Faço bacharelado interdisciplinar em Artes, na UFBA, noturno, segundo semestre. Tudo a ver, né? Mas estou adorando o curso e quero investir mais nele. No futuro, se ainda estiver morando aqui, poderei mudar de profissão. É um outro desejo que tenho: administrar um espaço cultural. Então, quero entrar para um grupo de discussão e/ou participar de monitoria de disciplina no próximo semestre, que inicia em maio. Durante as férias, do trabalho e da faculdade, quero também fazer um curso aberto de arte em São Paulo, oferecido pelo Centro Universitário de Belas Artes.

Bem, é isso. Alguns pontos são contraditórios, seguem direções diferentes, mas é assim que eu gosto. Abro diversas frentes e deixo para escolher o melhor caminho no momento oportuno, ainda mais tendo um casamento em vista. A decisão de fazer um curso de outra área requer mais "prosa", então deixarei para contar em detalhes em outra(s) mensagem(ens).

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O novo início

Em junho do ano passado criei o blog Mes Empreintes Sur La Route. A ideia era falar de meu intercâmbio cultural, então em planejamento, e contar os detalhes de minha experiência em terras francófonas. Tudo em francês, é claro, já que eu precisava treinar o idioma. Nada melhor que escrever para adquirir/fixar vocabulário. Deu certo, mas não por muito tempo. Não desisti dessa empreitada, até porque ainda tenho muito o que contar sobre a viagem e sobre diversas outras experiências com a cultura francesa que ocorrerão. No entanto, a língua é um grande limitador. Ela tanto restringe o público - mesmo colocando um tradutor online no blog - quanto os temas a abordar. Muitas coisas se passaram sem que eu as tenha compartilhado. A necessidade de criar um outro blog havia, então, surgido. Eis que a coragem apareceu com a chegada de 2013.

Primeiro dia do ano e primeira realização: a criação do novo blog. Resolvi manter a ideia por trás do nome do "blog francês", que é falar sobre meu caminhar pelo mundo (não no sentido literal, é claro), e entitulá-lo Impressões Sobre a Estrada. Assim, não é um blog de turismo, mas de vivências, opiniões, compartilhamento de gostos, tudo que der vontade de escrever.

Sei que terei muito trabalho pela frente, pois manter dois blogs atualizados é muito difícil. Mas estou motivado, já com muitas mensagens em mente. Espero não perder o ritmo. E independe, para tanto, a quantidade de seguidores. Chega disso! Eu quero é qualidade.

Um abraço a quem me leu e até muito breve.